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A notícia da floresta antiga revelada pelo degelo nos Alpes é um exemplo claro de como a mudança climática, enquanto representa uma ameaça global, pode nos oferecer cápsulas de tempo inesperadas. Essa descoberta não é alguns troncos isolados, mas sobre os restos bem preservados do que era um ecossistema florestal completo, enterrado sob o gelo por milênios.

A descoberta: no início de julho, em uma área do Monte Rosa, na fronteira entre a Itália e a Suíça, o recuo acelerado de uma geleira devido às ondas de calor expuseram uma camada de solo orgânico com troncos de cembro e alerce de pino, raízes, aboplos e ainda restos de polélen e meios. A conservação é tão boa que os anéis das árvores são perfeitamente visíveis, o que permitirá que os cientistas reconstruam as condições climáticas da época com precisão incrível.

Uma viagem ao passado: as primeiras portas de radiocarbono colocam a idade dessa floresta em cerca de 6.000 anos, durante um período conhecido como Holoceno Médio, um momento em que o clima da terra era mais quente do que atualmente. Isso indica que a linha das árvores nos Alpes estava em uma altitude muito maior do que é hoje. O estudo deste paleo-bósco permitirá que o clima e os ecologistas entendam melhor como os ecossistemas alpinos responderam a períodos de aquecimento natural no passado, o que pode ajudar a modelar os efeitos das mudanças climáticas atuais.

Um rosto duplo: os cientistas destacam a dualidade dessa descoberta. Por um lado, é uma oportunidade científica única para estudar um ecossistema intacto do passado. Por outro lado, é uma prova irrefutável e alarmante da velocidade do aquecimento global. O fato de a geleira ter se aposentado a um ponto que não havia atingido em 6.000 anos sublinha a urgência da crise climática. A geleira atuava como um freezer natural e, agora que "descrostros", mostra o que estamos perdendo.


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